Obesidade: Influência do Self.
Não é novidade que o peso do corpo depende do tipo, da quantidade e da qualidade dos alimentos que são ingeridos, além disso, temos as diferentes combinações que fazemos e, muito importante, o estado emocional durante o processo de alimentar-se e da digestão.
Temos a variação do metabolismo, inerente a cada um, que representa os complexos mecanismos bioquímicos e suas reações no organismo relacionados a intensidade do gasto calórico (energético) que pode ser ainda influenciado pelo estilo de vida, tabagismo, alcoolismo, etc.
Mas a nossa proposta a ser abordagem é outra! Vamos até
a essência que constitui o pensamento humano para buscar resposta a uma simples
questão: porque eu como tanto? Ou as suas derivações: porque eu sinto tanta
vontade de comer, há uma causa psicológica como a Ansiedade? Estou deprimido?
Muitas das vezes
para disfarçar ou esconder algum tipo de sofrimento e até minimizar um
sentimento de perda, desenvolvemos um
mecanismo de compensação que desequilibra o Self e desencadeia vicissitudes de diferentes intensidades que são incapazes
de resolver a satisfação interna.
Neste primeiro momento vamos nos focar em explicar o conceito do Self. O que seria esse tal de Self?
Jung, precursor da
psicologia analítica, o colocou como autoridade no centro da vida psicológica,
sendo um princípio unificador do psiquismo humano, interpretando a sua
realização como o objetivo de uma destinação individual.
Inegavelmente o homem é o Self que define todos os
seus valores, resultante do processo
evolutivo, no qual o consciente e o inconsciente se apresentam como uma
unidade.
Em síntese, trata-se de um termo utilizado para
expressar a Força Vital que se
manifesta no Universo e no Homem, neste caso, Self superior ou
interior.
Ao se conectar com o Self superior a pessoa se torna
unificada com sua força vital e pode compartilhá-la e percebê-la nos que a rodeia,
esta comunhão, envolve aquele que a manifesta através de um sentimento de paz interior, amor e sabedoria.
O Self inferior origina-se no momento
do nascimento, é o Ego,
caracterizado pela somatória dos medos e desejos, padrões negativistas de
emoções, pensamentos e sentimentos. O egoísmo
é a prática contraditória ao Self Superior, não há interesse na
união, no compartilhar.
A personalidade do ser humano vai se formando a partir
do confronto entre os dois Selfs,
impulsos opostos que se complementam e atuam sobre a mente consciente para que
tenhamos a oportunidade de vivenciar experiências distintas e, através do
discernimento (livre-arbítrio) buscar
o melhor caminho dentro das verdades que aceitamos e estipulamos corretas,
dentro das limitações individuais.
A perda do contato com o Self superior manifesta-se
por uma sensação de ausência/vazio (saudade: palavra maravilhosamente brasileira),
descontentamento, desconforto, dor, medo, etc.
O Self inferior passa a governar, não
há prazer na convivência, diante os problemas não se encontra uma oportunidade
de crescimento, mas motivos para lamentações, demonstração de fraqueza, de
autoridade, culpa-se os outros e a própria situação!
O mau hábito de queixar-se,
de reclamar constantemente, do pessimismo, estimula a produção ou redução de
neuropeptídios que desorganizam as sinapses e desestruturam a neurotransmissão, prejudicando a saúde emocional e promovendo o
surgimento de uma disfunção metabólica.
Daí novamente voltamos às compensações que, além da
comida, incluem as práticas desregradas de situações que envolvem:
dinheiro, doença, drogas (medicamentos também), fantasia, religião, sexo, poder,
violência, dentre outros.
Quando há o contato
harmônico entre os dois Selfs o ato de alimentar-se possui
alegria, envolvendo atenção e
satisfação no seu preparo, reconhecimento da necessidade e disposição de um tempo para a ingestão, um sentimento de
gratidão acompanha o ato, por tanto,
o peso corporal estará em equilíbrio.
E o que e como fazemos? Comemos rápido na frente da
televisão! Esquecemos que o estômago não
possui dentes. Mastigamos, ou melhor, devoramos muitas vezes sem olhar para
o prato. Preferimos coisas rápidas (fastfoods). Falamos enquanto comemos e
assim engolimos ar também. Se engasgar ou ficar meio estufado? Água, refrigerante
ou suco atrás!
E por quê? Porque não temos tempo! Atrasados,
estressados e preocupados. Descansando... dormindo... estagnando...
O quanto sou importante para mim? Qual a última vez que
acessei o meu Self superior? Não tenho tempo ou, na verdade, faço mal uso do
meu tempo? Planejo ou gasto mais tempo compartilhando imagens (por que se tiver
que ler muito, perco tempo) no facebook? Na frente da televisão, então.
Mas e agora? A Acupuntura emagrece?
Mas e agora? A Acupuntura emagrece?
A minha resposta é: depende!
Ajuda e
muito! Porque cada caso é
um caso!
Talvez
você encontre testemunhos mirabolantes ou receba promessas de perder vários kg
no mês.
Cuidado! O estímulo de acupuntos que promovam a perda de líquido pode
dar uma falsa ideia de emagrecimento, além disso, elimina-se minerais
e há o risco de
desidratar o corpo!
Milagres, meus amigos, deixemos para os santos ou para procedimentos
cirúrgicos que alteram o corpo.
Discutiremos
os porquês, outros fatores, técnicas terapêuticas, pontos de acupuntura, e casos
clínicos nos próximos artigos!
- Franco, D. Triunfo Pessoal, 2004;
- Ross, Cominações dos pontos de acupuntura 2007.
- Dicionário Crítico de Análise Junguiana: http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/self.htm, 2012