Para Solomon (2004) existe uma distinção
entre religião e espiritualidade, a primeira pode ser definida como uma
instituição social e não espiritual, a segunda demonstra certa ligação com a
ciência que aprimora o conhecimento e acaba por aprofundar a espiritualidade.
O médico e professor Cajazeiras (2010),
em sua obra, reflexiona que para uma melhor compreensão da hipótese espiritista
é imprescindível reconhecer que a visão espírita da etiopatogenia não é mística
nem sobrenatural, pelo menos no que respeita ao significado atribuído a ambos.
A ciência e a filosofia espírita adotam a lógica e a razão, demonstrando em
primeiro lugar, a concretude do espírito, como ser circunscrito, não mais
abstrato, baseado no modelo estrutural proposto em obras básicas da doutrina.
Franco (2001) afirma que existe uma linha
muito estreita separando a sanidade do desequilíbrio mental e há certa
facilidade em transitar de um lado para o outro sem que se perceba uma mudança
comportamental expressiva.
Por meio da manutenção da saúde
perispiritual ou da sua disfuncionalidade vibratória, há uma identificação com
os genes compatíveis com suas necessidades evolucionais, formando-se um novo
corpo; nos casos disfuncionais, o corpo poderá apresentar repercussões mais
profundas e imediatas ou comportar predisposição a certos estados nosológicos,
a depender da responsabilidade, da intensidade e cronicidade do problema que o
individuo criou no usufruto do seu livre-arbítrio.
O estado patológico pode manter-se latente durante toda vida, já a predisposição pode
desencadear-se conforme a natureza da reação às diferentes experiências
vivenciadas no mundo físico, além disso, a distensão no tempo e a fixação no
psiquismo resultam o processo do adoecer. A herança biológica seria uma simples
conseqüência da herança espiritual, haja vista que o perispírito se modela de
acordo com o espírito que o organiza e o mantém.
A grosseria
dos sentimentos motivada pela busca desenfreada pelo prazer desmedido acaba por
resultar no desenvolvimento de hábitos e viciações nocivos que também ocasionam
ou agravam o estado depressivo.
As Emoções ou sentimentos negativos estariam
relacionados com o grau de afetação íntima, a partir de sua ação e repercussão
sobre defeitos que podem ser vistos como elementos desencadeantes ou agravantes
dos estados depressivos.
O orgulho poderia ser visto como causa primária, pois é a doença do ego que se encontra no processo de busca por privilégios. A raiva, a mágoa e o ódio possuem ação lesiva sobre os tecidos perispirituais culminando na eclosão ou no agravamento de enfermidades relacionadas com a patologia depressiva, tais como cardiopatia coronária e câncer. A inveja e o ciúme são resultados da preocupação excessiva com a possibilidade de ser desprezado e à incerteza quanto à sua importância e o valor pessoal. A culpa é a reação natural quanto à compreensão de falhas e ao dever relativo à convivência e a consciência (CAJAZEIRAS, 2010).
O orgulho poderia ser visto como causa primária, pois é a doença do ego que se encontra no processo de busca por privilégios. A raiva, a mágoa e o ódio possuem ação lesiva sobre os tecidos perispirituais culminando na eclosão ou no agravamento de enfermidades relacionadas com a patologia depressiva, tais como cardiopatia coronária e câncer. A inveja e o ciúme são resultados da preocupação excessiva com a possibilidade de ser desprezado e à incerteza quanto à sua importância e o valor pessoal. A culpa é a reação natural quanto à compreensão de falhas e ao dever relativo à convivência e a consciência (CAJAZEIRAS, 2010).
- CAJAZEIRAS, F. A. C. Depressão – Doença da Alma: As causas espirituais da depressão, Capivari/SP: EME, 2010. 207p.
- FRANCO, D. P.; MIRANDA, M. P. (Esp) Nas fronteiras da loucura, Salvador/BA: Livraria Espírita alvorada, 11ª ed., 2001, 303p.
- SOLOMON, R. Racionalidade e espírito. Revista Galileu. Ed. Globo, n. 150, p. 40 2004.