Mulher, 25 anos, procurou pela primeira
vez tratamento com acupuntura queixando-se de dores por toda coluna vertebral,
especialmente na região lombar. Relatou desânimo, falta de iniciativa e
confiança em si e nas pessoas a sua volta. Apresentava certa dificuldade para
pegar no sono e a qualidade deste estava prejudicada, conforme suas palavras:
“parece que eu durmo e não descanso”. Durante a anamnese relatou ser diagnosticada
pela medicina convencional como depressiva, faz tratamento farmacológico com
medicamentos controlados para o estado depressivo e para indução ao sono.
A técnica empregada foi a Auriculocibernética
(SOUZA, 2007) na qual se utiliza a introdução das agulhas em três pontos
chaves nesta ordem: Shenmen, Rim e
Simpático.
A seguir colocaram-se os pontos
relacionados com as queixas do paciente e com o diagnóstico clínico, pontos
diagnósticos que indiquem doenças foram puncionados por último. O paciente permaneceu
de maneira confortável, geralmente em decúbito dorsal.
A exceção da utilização do lado dominante
do paciente acontece quando se utiliza pontos bilaterais ou pontos que
correspondem ao lado da região ou órgão a ser tratado do lado oposto do mesmo.
No retorno do paciente para uma nova
sessão, novamente a anamnese foi realizada, então se investigou os resultados
obtidos e novos pontos foram escolhidos com base nos achados, porém, os pontos
da cibernética permaneceram inalterados.
Para avaliar a eficácia do tratamento com base na melhora dos
sinais e sintomas apresentados pelo paciente, propusemos a utilização de testes
como ferramentas para este fim, já que encontramos na literatura discussões e
resultados que se mostraram satisfatórios em diferentes trabalhos quando
empregados.
Aplicada após o término de cada sessão, a escala visual analógica para satisfação (EVA-S) foi desenvolvida para que a
opinião da voluntária seja quantificada e os resultados obtidos sejam
considerados domínios expressivos usuais para avaliação do segmento terapêutico
utilizado.
Resultado
Os resultados obtidos com a EVA-S foram comparados
com a evolução da qualidade de vida da voluntária, mensurada através de
questionamento da melhora na qualidade de vida (CICONELLI et al, 1999). Esta versão brasileira do teste (Brasil SF-36)
foi desenvolvida a partir da versão inglesa Medical
Outcomes Study (STEWARD; WARE, 1992), construído para satisfazer normas
psicométricas necessárias para comparações intergrupais. Dos quarenta conceitos
sugeridos no estudo, oito foram selecionados: capacidade funcional, aspectos emocionais
e físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos e
saúde mental.
Através da comparação dos valores totais obtidos com os testes, fica evidente o aumento progressivo dos
resultados que refletem a melhora do prognóstico e a eficácia da terapia utilizada.
Ao concordarem entre si, o resultado do teste de auto-avaliação desenvolvido
(EVA-S) é validado pelo teste sugerido (QSF-36).
Portanto observou-se que a Auriculoterapia foi
eficaz para o tratamento da depressão e melhora da qualidade de vida da
voluntária tratada neste estudo de caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- CICONELLI, R. M.; FERRAZ, M. B.; SANTOS, W.; MEINÃO, I.; QUARESMA, M. R.; Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de Reumatologia, v. 39, n. 3, 1999.
- SOUZA, M. P. Tratado de Auriculoterapia, Brasília/DF: Novo horizonte, 2007b. 358p.